30 setembro 2008

Solidariedade de esquerda...

A propósito deste episódio das casas, que toca a todos os anteriores mandatos, o PCP, pela voz do vereador Ruben de Carvalho, já veio esclarecer que o PC nunca teve responsabilidades em matéria de habitação na CML.

Já em tempos, quando confrontei a esquerda na Assembleia Municipal, com um conjunto de construções ilegais feitas na gestão PS/PC, um deputado municipal do PCP veio logo esclarecer que o seu partido nunca tinha tido responsabilidades no Urbanismo na CML, dizendo na prática que a culpa era do PS.

Sempre que se descobrem problemas na CML, ficamos a saber que o PCP não tinha responsabilidades nessa área. E pelos vistos também não sabia de nada. Nem via. Nem ouvia!

Que bonita a solidariedade de esquerda...

27 setembro 2008

O debate


Sou um fã da saga StarWars, por isso não resisti a reproduzir esta imagem pensada a propósito do desafio de Luís Filipe Meneses a Marcelo Rebelo de Sousa para um debate...

retirado daqui

26 setembro 2008

Ironias

No frente a frente da SIC Notícias da passada 4ª feira estiveram Paula Teixeira da Cruz e António José Seguro. Às tantas no debate, falava-se da liberdade de voto dos deputados vs disciplina partidária. PTC afirmou que, em última análise, a questão da liberdade de voto deveria ser a regra e a disciplina a sua excepção.

Não pude deixar de me lembrar que, na única vez em que se votou, na Assembleia Municipal de Lisboa, uma moção cuja destinatária era precisamente a sua presidente Paula Teixeira da Cruz (na sequência de declarações da então vereadora Maria José Nogueira Pinto), houve imposição de disciplina de voto aos deputados municipais. Na bancada do PSD, e também na do PS.

Ironias da política...

25 setembro 2008

Ainda as casas da CML

No Lisboalisboa, andavam muito satisfeitos quando este processo da atribuição de casas veio para os jornais. Agora que tem havido novas revelações que prometem comprometer a anterior gestão PS/PC, já começam a não achar graça nenhuma. Pois, temos pena!

E já agora, depois de tanta vezes ter anunciado a morte deste blog, esperava-se ao menos uma notazita a anunciar o renascimento...

Justiceiros 2

Gostei deste post do Tomás Vasques:

"Caro Paulo Gorjão: o meu texto não é sobre a condição de arguido de Pedro Santana Lopes (se poderá ou não vir a ser). Nem contém o menor juízo de valor político, favorável ou desfavorável, sobre Santana Lopes, quer como presidente da Câmara de Lisboa, quer como primeiro-ministro ou presidente do Sporting.
O meu texto é sobre a condição de «arguido» e a conotação política que a comunicação social e algum oportunismo político associou àquela condição. A condição de «arguido», tal como a «cultura política» dominante a interpreta, e a faz passar através dos media, presta-se às maiores pulhices políticas. Vindas de inimigos ou de adversários, tanto faz. Veja-se o «caso McCanne»: na opinião pública, a senhora foi uma mãe em sofrimento pelo desaparecimento da filha até ao momento em que foi constituída «arguida». A partir daí passou a ser vista como uma potencial «criminosa». Afinal, o processo foi arquivado.
Há muito tempo que se desfez um princípio basilar do direito penal, apesar de toda a gente encher a boca com ele: a presunção de inocência até ao trânsito em julgado de uma sentença condenatória. Foi a «luta» (ou a mesquinhez) política que o desfez. Se não se põe fim a este caminho, os carrascos de hoje serão das vítimas de amanhã e as vítimas de hoje serão os carrascos de amanhã.
É como meter merda na ventoinha: daqui ninguém sai vivo."

24 setembro 2008

CASAMENTOS HOMOSSEXUAIS II

Registo hoje, 48 horas após a publicação do meu artigo no Diário Económico e 24 horas após a sua reprodução neste blog, que Paulo Mota Pinto, Vice-Presidente do PSD, sugeriu hoje na TSF e no Correio da Manhã, que os portugueses devem ser ouvidos por referendo relativamente à problemática dos Casamentos Homossexuais. Naturalmente que subscrevo tal posição, não só por a ter lançado em primeira mão no debate político, como obviamente por registar que há dirigentes políticos atentos ao que se escreve e, quando se identificam com tais propostas, potenciam o ângulo de debate que as mesmas encerram. Isto é política, esta é uma actuação de ataque do PSD que subscrevo também e, principalmente, porque materialmente a matéria e o tema impõem tal consulta popular, ainda que não seja em calendário urgente. Fundamental e urgente é que qualquer alteração legislativa seja precedida de um Referendo Nacional, pois a "fractura" não se compagina com uma alteração legislativa simples.

23 setembro 2008

Pois claro!

Já cá faltava! Pois claro! Estava-se mesmo a ver! E alguém pensaria o contrário??
Depois da imensa ajuda para entregar a CML ao PS, há que ajudar a mantê-la...

22 setembro 2008

CASAMENTOS HOMOSSEXUAIS: REFERENDO OBRIGATÓRIO

Reproduzo aqui o artigo que hoje publiquei no Diário Económico sobre este tema "fracturante",

CASAMENTOS HOMOSSEXUAIS: REFERENDO OBRIGATÓRIO!
"A problemática dos casamentos homossexuais, não sendo de hoje, ganhou recentemente alguma acuidade e centrou parte do debate político, pelo menos de algum sector de esquerda, em especial JS e BE, que pretendem introduzir as chamadas questões “fracturantes” na sociedade portuguesa. Até esse ponto nada a observar, não só porque lhes assiste tal direito, como obviamente têm o mérito de liderar uma agenda política onde certa esquerda se revê, criando mesmo algum embaraço à esquerda do poder, leia-se aos seniores socialistas. Aliás tudo indica que o PS fará exercer o seu ponto de vista, isto é, não viabilizar tal iniciativa, resta saber se por convicção ideológica ou por tacticismo resultante do calendário pré-eleitoral, aliado à paternidade política de tal iniciativa. No fundo aparentando uma ideia de ruptura ideológica, mas adoptando a tese de só viabilizar as “fracturas ratificantes” e, naturalmente, sujeitas a um calendário político não adverso.
Nesta temática Manuela Ferreira Leite veio a público expressar a sua opinião, portanto, contrariamente ao que se tem referenciado genericamente, não esteve calada sobre tal questão, manifestando a sua oposição a tal iniciativa. Com efeito, no seu entender “o casamento visa a procriação”, pelo que simples e directa, Ferreira Leite mantém o código genético do casamento, isto é a contratualização entre duas pessoas de sexo diferente com o propósito de constituição de família, onde obviamente a procriação, embora não único, assume um papel preponderante na concepção e fonte da família.
De imediato choveram críticas a esta posição, apelidada de reaccionária, mas convenhamos que assente na legislação vigente há longas décadas e, principalmente, ancorada na concepção judaico-cristã que molda a nossa sociedade. Claro que se pode rever tal legislação, trata-se de um mero acto normativo para introduzir tal alteração, mas o que se deve questionar é se essa modificação espelha uma nova visão da sociedade sobre esta temática. Nada nos impediria que nessa “divagação fracturante” em questionar, já agora, se devemos ou não introduzir também o conceito de casamento poligâmico, em claro afastamento da concepção judaico-cristã, mas assente numa outra linha de orientação filosófico-religiosa de organização da sociedade, para quem aliás a poligamia faz todo o sentido.
Certo é que o tema dos casamentos homossexuais é um tema relevante e fracturante, susceptível de alterar o quadro de concepção da sociedade portuguesa em matéria de fontes familiares, relegando aspectos culturais e éticos fortemente enraizados nesta mesma sociedade. Assim, será que basta uma iniciativa legislativa para assumir materialmente tal alteração? Ou tal questão não merece um quadro de debate alargado e uma forma de aprovação mais consentânea com o pulsar da sociedade portuguesa?
Parece óbvio que sim. Esta matéria em função do legado histórico-social, bem como da dimensão enformadora do futuro social, implica necessariamente uma consulta popular. De facto esta matéria exige, em função ou não da modificação do paradigma axiológico-normativo do casamento em Portugal de um referendo nacional, de modo a que a sociedade exprima directa e livremente a sua opção nesta questão.
Os argumentos de ambos os campos estão lançados, não parece que uma simples alteração legislativa em final de ano de legislatura, com algum condimento de importação espanhola, portanto de “neoiberismo ideológico-socialista”, seja sinónimo da importância fracturante que o tema tem. Pede-se mais, pede-se mais coragem política, principalmente a quem propõe, mas também a quem se opõe, avance-se para Referendo Nacional, em nome da participação e transparência das opções de fundo da sociedade e da aproximação dos cidadãos ao fenómeno da política, que é de todos e não de uma qualquer minoria auto proclamada de esclarecida.
PEDRO PORTUGAL GASPAR (Docente Universitário, Doutorando em Jurídico-Políticas, Faculdade Direito de Lisboa)".

Justiceiros


Quando me vêm com a conversa da ética e da justiça na política, eu por defeito, desconfio logo. Não gosto de quem se ache superior aos outros e se arme em juíz, acusando e condenando à luz de uma moral e de uma ética sempre discutíveis e sobretudo subjectivas.

Nunca gostei de supostos justiceiros, quais virgens imaculadas, que fazem da ética uma das suas principais bandeiras políticas. Muitas das vezes, vem-se a descobrir que afinal o justiceiro até tem muitos telhados de vidro.

Vem este post a propósito do lançamento do livro do ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes. A capa é elucidativa: "propostas para um país mais ético, justo e competitivo".

Do que li na imprensa, nele se retoma a tese da condenção política na praça pública daqueles que a justiça nem sequer ainda acusou.

E vem novamemte falar em ética quem no passado, enquanto Presidente do PSD, andou a vetar nomes para empresas municipais, a recomendar outros, e aceitar ou impedir candidaturas autárquicas, consoante fossem politicamente mais próximas ou distantes. Para uns, a condição de arguído era a morte do artista, para outros era um mero e pequeno acidente de percurso.

Hoje, como no passado, continuo a recusar esta forma de fazer política.
Aos políticos o que é da política, aos tribunais o que é da justiça.

21 setembro 2008

Nota

Em primeiro lugar, não queria deixar de agradecer os inúmeros comentários que têm deixado neste blog desde a sua rentrée.

Queria no entanto, e à semelhança do que já fiz em tempos, esclarecer o seguinte:

Nenhum comentário que ofenda, insulte, ou faça acusações graves a terceiros será publicado.
Têm sido vários os comentários deste tipo, vindos de diferentes correntes ou alas do PSD. Mas este blog não é um tribunal! Aqui discutimos política. Não insultamos nem ofendemos pessoas. E muito menos deixamos que outros, sob a capa do anonimato o façam.

Discordem e contraponham à vontade sobre o que aqui se escreve ou defende, mas façam-no sempre com respeito. Penso que não é pedir muito.

Obrigado.

20 setembro 2008

Esperança alfacinha 3

Lendo os outros, neste caso, João Gonçalves in Portugal dos Pequeninos:

Não tardará muito que os papagaios da blogosfera "apanhem" esta notícia e bolsem o opróbrio do costume. Santana Lopes ainda não é, mas vai ser constituído arguido num processo que o Francisco Almeida Leite já "domina" perfeitamente (e as televisões também, de certeza). Desde os anos oitenta, convém recordar, é "normal" um processo ser conhecido primeiro nos jornais do que através da sede própria. Ou então, como aconteceu no famoso processo do "sangue contaminado", sai cirurgicamente publicitado qualquer acto processual produzido, por mais insignificante que seja, o que sucedeu sempre que se punha a hipótese de Leonor Beleza poder ser isto ou aquilo no seu partido. Por que é que Santana, putativo arguido, faz "manchete" no DN? Porque Santana pode ser - se quiser - um bom candidato autárquico em qualquer lado, designadamente em Lisboa. E porque (esclarecem o mesmo DN e outros jornais), Ferreira Leite não se opõe a isso como também não se deve opor a notícias deste teor. E ainda porque, apesar do dr. Costa já ter no bolso o justiceiro Fernandes e a voluntarista Roseta, Lisboa não é certa para o PS. De resto, e para quem tivesse dúvidas sobre o propósito da notícia, a editora política do DN, Ana Sá Lopes, "esclarece" no seu "Elevador", onde Santana Lopes aparece com a "setinha" para baixo. «O ex-primeiro-ministro estava a "reflectir" sobre uma nova candidatura à Câmara de Lisboa, mas a hipótese poderá esbarrar na notícia que faz hoje a manchete do DN». E mais adiante, acrescenta que «é lógico que uma investigação por abuso de poder na atribuição de habitações sociais não é o melhor dos cartões de visita para uma campanha em que, do outro lado, aparece António Costa, mais forte hoje do que quando iniciou o mandato (sublinhados meus).» Perceberam?

Publicada por João Gonçalves em 19.9.08

Esperança alfacinha 2

Esta notícia tem muito que se lhe diga. Que pontaria! Que timing! Que destaque! Que conveniência...

18 setembro 2008

Esperança alfacinha


Santana Lopes pondera recandidatura a Lisboa


O deputado do PSD, Pedro Santana Lopes, admitiu esta quarta-feira estar a ponderar sobre uma eventual recandidatura à Câmara Municipal de Lisboa, que já presidiu durante cerca de três anos.


Questionado sobre a hipótese de ser novamente candidato à presidência da Câmara de Lisboa, nas eleições de 2009, Santana Lopes declarou apenas “estou em processo de ponderação”.

11 setembro 2008

CIDADÃOS POR LISBOA = ANTÓNIO COSTA

As recentes notícias sobre a partilha de responsabilidades que o Movimento Cidadãos por Lisboa vai assumir no Programa Local de Habitação da capital demonstram bem a estratégia de António Costa. De facto o Movimento entra numa "Plataforma Abrangente", onde já está o BE, preparando-se o terreno para as eleições de 2009, veremos até quando fica o PC de fora. O PSD o que faz? Não é grave só ter 3 vereadores na Câmara e ser a 3ª força no Executivo, mais grave é não assumir uma postura proactiva e visível na política da capital. Por um lado há todo o lastro do outro movimento independente da capital e, mais importante, detém maioria absoluta na Assembleia Municipal, resta saber se a quer exercer para funções administrativo-burocráticas (simples aprovação de propostas), ou para afirmação e combate político. Pessoalmente não tenho dúvidas do caminho que seguiria se conduzisse o PSD nesta Assembleia.

05 setembro 2008

Avante Camarada!

Inicia-se hoje mais uma edição da festa do Avante! Numa passagem rápida pelo site do PCP, poderemos constatar que entre os ilustres camaradas internacionais convidados e com direito a stand, encontramos:


o PC da China; o PC da Coreia do Norte; o PC de Cuba; etc.



Tudo expoentes maximos da democracia.



Todos amantes da Liberdade, seja ela política, de expressão ou qualquer outra.



Tudo boa gente, seguramente incapaz de fazer mal ao proximo, ainda que este último pense de maneira diferente.



E no fim da festa, não faltará o discurso do camarada Jerónimo, como sempre, em nome dos mais fracos e oprimidos, em nome das classes operárias e pasme-se dos direitos democráticos!



Enfim, teremos este fim de semana na Atalaia um dos momentos altos da hipocrisia e cinismo político do PCP. Nada aliás a que não estejemos habituados!



Valha-nos o facto de este ano não terem convidado organizações terroristas como as FARC (depois do episódio de libertação de Ingrid Bettencourt, seria arriscar demasiado!).



Teremos pois uma festa sem terroristas, mas cheia de representantes de ditaduras!



É assim mesmo! Avante Camaradas! Que o Sol brilhará para todos nós...

02 setembro 2008

Universidade de Verão I

Atendendo ao organizador e a alguns dos oradores da Universidade de Verão, há já 2 coisas que são óbvias:

1) Qualquer aluno atento, saberá no futuro, assim que vir um avião a passar, se se trata ou não de um vôo da CIA, e que tipo de passageiros transporta.

2) Todos os alunos saberão como colocar em blogs símbolos partidários invertidos...

01 setembro 2008

Rentrée

Setembro é o tradicional mês da rentrée.

Também o será aqui no Crónicas Alfacinhas.

Aliás nas hostes sociais democratas, já há demasiado silêncio. E neste caso, não é de ouro...