25 dezembro 2008

Boas Festas!




24 dezembro 2008

Ainda bem!

Contra escolha de Santana
Paula Teixeira da Cruz critica Ferreira Leite

"Naturalmente não me revejo no candidato escolhido pela actual direcção do PSD em Lisboa." A frase é de Paula Teixeira da Cruz, ex-dirigente do PSD e actual presidente da Assembleia Municipal de Lisboa. in Correio da Manhã

Ainda bem que assim é! É que a última vez que PTC se reviu num candidato do PSD, este teve 15%....

16 dezembro 2008

POLÍTICA DE EDUCAÇÃO

Edito aqui e agora, o artigo que hoje publiquei no "Diário Económico" sobre Política Educativa.

"EDUCAÇÃO: O SACRIFÍCIO CURRICULAR PELA OBSESSÃO BUROCRÁTICA
A Educação transformou-se na pedra de toque dos governos socialistas, da “paixão” ultra platónica de Guterres, atenta a inconsequência então verificada, constatamos agora que o Governo se atolou nesta área. Importa reconhecer um esforço no reforço curricular, com vista à globalização, ao apostar-se no ensino do inglês e nas novas tecnologias (e-escola).
Vencido este desafio, assistimos a um ênfase nos êxitos obtidos, ficando a dúvida sobre provas de baixa exigência, caso da Matemática, para exibição de estatística de sucesso. Aqui começa a hegemonia burocrática com a apresentação de resultados imediatos, relegando para segundo plano a missão fundamental da política de educação, suscitando as maiores dúvidas quanto à existência de uma convicção em melhorar os padrões da educação, ou antes colocar a educação ao serviço de um desiderato político, mais formal que substancial, mais mediático do que estruturado.
Esta dúvida fica dissipada quando, como no momento actual, assistimos a uma derrapagem da missão educativa, presa que está numa teia de luta política, na qual se perdeu o que de positivo se tinha feito, ao optar-se por um braço de ferro que em nada dignifica a política educativa. As alterações legislativas introduzidas, novo regime de gestão das escolas, regime de avaliação dos docentes e estatuto do aluno, inundaram “legalmente” as escolas, sem a prévia preparação dos agentes para o efeito, criando uma asfixia regulamentar nas mesmas.
Leis mal elaboradas, deficiente quadro regulamentar e interpretativo, embora não desejável, por vezes sucede, seja na Educação ou não e, infelizmente, continuará a ocorrer no futuro próximo. Agora o bizarro é insistir na imposição de um modelo legal contra uma oposição generalizada do sector profissional, num clima de desobediência civil, como têm revelado as deliberações dos docentes a suspender o processo de avaliação, designadamente nas melhores do ranking público, D. Maria de Coimbra e Secundária do Restelo.
A pedra de toque reside na avaliação dos docentes, por todos reivindicada, mas com diferentes perspectivas para a sua concretização. Se as quotas, o afunilamento da carreira por mérito, é uma consequência inerente, já o não são outras opções. A avaliação pelos pares, sem chefia ou afinidade científica, a burocracia de objectivos, parâmetros e reuniões, ou a influência directa dos resultados dos respectivos alunos, merecem nota negativa. A avaliação pelos utentes/alunos é relevante, mas não directamente pelas notas atribuídas, a menos que se pretendam estatísticas de excelência, bem como a taxa de abandono escolar, pois aqui trata-se de uma questão social central, tanto no presente, como no futuro, pelo que deve ser enfatizada.
A resistência passiva colectiva dos docentes deixou de ser uma questão sócio-laboral com a tutela e passou para uma questão da sociedade, pois contagia os profissionais, as famílias e os estudantes, obrigando a pensar e redefinir o modelo de educação para Portugal, sendo certo que não nos podemos alienar os recursos humanos do amanhã - os jovens do presente.
Insistir neste braço de ferro, principalmente por parte do Governo, significa que assume uma opção, prefere uma via dirigista e burocrática na política da educação, convencido que demonstra autoridade e que assim exerce o seu legítimo poder, porventura disfarçando a falta de uma visão densificada em matéria educativa. Em contraponto, a oposição tem aqui a oportunidade e obrigação para apresentar uma visão alternativa e consistente da missão educativa, uma vez que já não chega, neste caso, apontar a evidência dos erros do Governo numa crise nacional onde a própria sociedade reclama por tal visão, a qual tem que ir muito para além de uma simples queda de uma ministra que já não possui condições políticas para o exercício do respectivo cargo.
PEDRO PORTUGAL GASPAR (Mestre em Ciências Jurídico-Políticas, Faculdade de Direito de Lisboa, Docente Universitário).".

05 dezembro 2008

A desagregação

Nunca tive muitas esperanças sobre aquilo que viria a ser a liderança de Manuela Ferreira Leite no PSD. Escrevi mesmo neste blog, na altura das directas, que aquela campanha iniciava o fim do mito da Dama de Ferro do PSD.
Volvidos 8 meses sobre essa escolha, parece que o tempo se encarregou de o demonstrar.
MFL não conseguiu impôr-se como alternativa política a Sócrates, e o PSD continua hoje num estado de agonia agravado pelo defraudar das expectativas que o resultado das directas provocaram no povo laranja.
As diversas sondagens continuam a dar um fosso gigantesco entre o PS e o PSD, pior do que no tempo de Meneses.
Na equipa de MFL houve uma total desagregação. Basta recordar Rui Rio a dizer que ainda teria de ir apagar fogos no PSD, ou de Morais Sarmento a pôr a hipótese de ser líder após 2009. Mais recentemente foram Marcelo Rebelo de Sousa a vaticinar uma segunda vinda de Cristo à Terra e Castro Almeida a afirmar que se Marques Mendes quisesse regressar teria inúmeros apoios.
Pacheco Pereira e Paula Teixeira da Cruz também já se têm demarcado da linha seguida pelo PSD e agora foi a vez de Marques Mendes vir dizer que o PSD não é olhado como alternativa.
Pelo meio António Sampaio e Mello abandona o gabinete de estudos e desmente a justificação dada pela direcção do PSD
A inicial estratégia de silêncio, a maneira desastrada como geriu a candidatura de Santana a Lisboa e algumas gafes também contribuiram para a situação que hoje se vive no PSD, e sobretudo para a maneira como o PSD é visto pelos portugueses.
Apesar de ter votado Santana nas directas, não defendia alterações de liderança no PSD em vésperas de um ciclo eleitoral como o de 2009.
Hoje, e face ao cenário que temos pela frente, confesso que não sei o que seria melhor...