29 janeiro 2007

Marcelo

Hoje foi dia de Marcelo Rebelo de Sousa. Na tv oficial. E ouvi-o comentar a CML. Com a versão oficial? Aguardemos...

27 janeiro 2007

Suspensão

Por muita que seja a vontade de responder a alguns comentários anónimos - e por isso cobardes -, vou resistir à tentação de não o fazer. A seu tempo falarei. Entretanto, escrevi o que achei que tinha de escrever. É que a solidariedade não se "suspende". E eu conheço a vereadora Gabriela Seara há muitos, muitos anos. De muitas lutas no PSD. Não somos arrivistas...

25 janeiro 2007

EXECUTIVO MUNICIPAL

A actual situação que vive o executivo municipal e, consequentemente, a cidade de Lisboa merece a minha melhor atenção e acompanhamento, não só inerente ao estatuto de deputado municipal, como também de militante do PSD e também como cidadão. Tripla perspectiva, não necessariamente cindível, mas também não sobreposta, sendo certo que tem que atravessar pelas mesmas uma apreciação serena e cívica relativamente à gestão pública, como aliás tem sido feito nas minhas crónicas neste espaço, eventualmente nem sempre entendido por alguns anónimos. Dir-se-ia mesmo que parte destes ou não entendem este tipo de reflexão fiscalizante e construtiva ou, intencionalmente, pretendem eleger supostas divergências com o único objectivo de encontrar alvos internos, precisamente pela incapacidade de os gerar externamente, pois naturalmente que essa é uma postura mais cómoda.
Os acontecimentos sobre a Câmara de Lisboa estão longe de estar concluídos, pelo menos é o que se consegue inferir da cadência dos mesmos, razão pela não me é possível ainda grandes reflexões sobre a mesma. Contudo, desde já me parece óbvio, tal como aqui o tinha referido em anterior crónica que a saída de Carrilho, não só já ficou ultrapassada, permite ao PS surgir neste quadro sem o ónus da sua derrota e tendo expiado tal situação. Por outro lado assistiremos mais uma vez há divergência entre o tempo político e o tempo jurídico, matéria que cada vez mais teremos que reflectir, sob pena de se caminhar para uma separação maior destas realidades e assim estarmos num Estado de Direito a duas velocidades, quando naturalmente a vida não para.

24 janeiro 2007

Cãmara Municipal de Lisboa

As notícias de abertura de telejornais ,e que envolvem a Cãmara Municipal de Lisboa, levam-me a interromper os "post" alfacinhas por tempo incerto. Certo, só a confiança que mantenho e reitero naqueles em quem um dia votei.Nós, os "laranjinhas" somos assim. Solidários.

23 janeiro 2007

1094

Em pouco mais de um mês, este blog atingiu mais de 1000 visitas. Devo confessar aqui que superou todas as nossas expectativas.
A todos os nossos leitores e comentadores, o nosso obrigado.
Logo nos primeiros posts, houve quem perguntasse se o Crónicas Alfacinhas sobreviveria ou, à semelhança de outros blogs sobre Lisboa, "morreria ao virar da esquina". Penso que a resposta está à vista de todos.
Independentemente do resultado do próximo dia 11 de Fevereiro, aqui não haverá uma Interrupção Voluntária de Posts nas primeiras dez semanas.

Saudações Alfacinhas.

Referendo

Um filho, um bébé, um feto é um projecto em comum. De um pai e de uma mãe. Por isso, não concebo que uma mulher possa ,livremente, abortar e que a lei o consinta. E como o que está em causa nesta referendo é esta liberalização, e não a despenalização, só posso ,como pai, votar NÃO.

Nota: esta declaração foi escrita para ser publicada no inquérito do jornal CM.

22 janeiro 2007

A terceira pessoa do plural

Eu , tu ,ele , nós , vós , eles. Na primária, era assim que aprendiamos. Do singular ao plural. Do indicativo ao conjuntivo. Do passado ao presente. Do futuro ao condicional. No princípio era verbo e a gramática a acompanhá-lo. O sujeito e o predicado. O substantivo e o adjectivo. O ponto e a vírgula. A exclamação e a interrogação.A oraçao ou as orações. A escrita e a leitura.
Ora, é da escrita que leio na cidade de Lisboa que quero escrever para aqueles que me leêm. Eu escrevo na primeira pessoa do singular. É assim,a escrita. Mas, hoje não é essa que importa. Hoje o que importa , e muito, é a escrita na terceira pessoa do plural. A escrita deles. Mas quem são eles? Para falar deles tenho de falar primeiro do Alecrim , da Rosa , da Misericórdia, da Atalaia, do Barão de Quintela ou do Príncipe Real. Das vítimas, portanto. Que são muitas e que aqui não cabem. Vítimas deles. Vítimas da escrita deles. Vitimas dos traços e gatafunhos deles. E quem são eles? São aquela terceira pessoa do plural que , anónima e cobardemente, suja a cidade e o seu centro histórico de "graffitis" , ou sendo mais preciso, de "tags "!!!! Não é arte,nem estética. É crime! Contra mim, contra si e contra a cidade. Contra nós , os alfacinhas. Contra vós, os que nos visitam. É um crime.
Contra eles é o nosso combate! Um combate do eu ,do tu, do ele, do nós e do vós.Pela escrita e pela Cidade.

20 janeiro 2007

A nova "Casa do Cidadão"...

Se um dia você fôr na rua e de repente alguém lhe falar na “Casa do Cidadão”, isso não é "Impulse".

Poderia ser uma das centenas de colectividades da Cidade de Lisboa, como por exemplo, a Associação Loucos e Sonhadores, ou a Casa Regional da Comarca de Albergaria-a-Velha, mas também não é.

Poderia ser uma das diversas associações sociais sem fins lucrativos da Cidade de Lisboa, como por exemplo, a Cais ou o Elo Social, mas também não é.

Poderia ser inclusive uma das inúmeras barraquinhas da Festa do Avante, com comes e bebes internacionais e regionais, ou com pin’s do Che Guevara e autocolantes do inestimável democrata Fidel Castro, mas também não é.

Poderia ser ainda um dos vários programas de habitação da EPUL, como por exemplo a Epul Jovem, mas também não é. Também não é uma nova filial da Loja do Cidadão.

Poderia, finalmente, ser uma dessas associações de esquerda, anti-globalização, contra a economia de mercado, etc. mas também não é.

Infelizmente, não é nenhuma destas várias hipóteses que pus.

Quer mesmo saber o que é? É a nova designação que a Sra. Presidente da Assembleia Municipal atribui ao Parlamento da Cidade. Gostos…

E eu que achava que era um deputado do Parlamento da Cidade, pelos vistos agora passei a sócio honorário de uma casa regional, perdão, local.

Posto isto, vou andando, pois tenho de ir pagar as quotas para poder eleger os corpos sociais.

Saudações Alfacinhas e cumprimentos lá em Casa.

Ascensão e queda

Sobre ascensão nada me ocorre.Vá-se lá saber porquê... Já sobre queda recomendo ,de Bryan Ward-Perkins , o livro " A queda de Roma e o fim da civilização", da Editora Aletheia. Para bom entendedor meio "post" basta...

19 janeiro 2007

Adivinha alfacinha

O dia 27 de Fevereiro próximo diz-lhe alguma coisa?

Não é a implantação da República, nem um feriado municipal!

Não é o dia de Portugal e das Comunidades, nem o dia da Europa!

O que será afinal?

18 janeiro 2007

Pagamentos e pensamentos

Pagamentos e pensamentos .Aqui está um tema sugestivo para um "laranjinha" dos antigos... Ainda do tempo do PPD... Entao,lá vai . Nós no PSD pagamos para pensar.E pensamos em conjunto e em liberdade. Só pensa quem é livre. Por isso,temos quotas e orgãos no partido. Por isso, pagamos e pensamos. Num acto de total liberdade. Não gostamos é daqueles que são pagos, para não pensar. E quando se recebe sem se pensar, só se pensa em receber.Desses nós não gostamos. Não gostamos dos pagamentos ,só gostamos dos pensamentos. E ,por isso, no PSD não nos compram o pensamento, por nenhum pagamento... Somos livres de pensar.
P.S. Este "post" foi inspirado por um comentário de um "alfacinha atento" à problemática do aborto e a outras problemáticas...
P.S.2. Para aqueles que "recebem sem pensar" esclareço que a sigla PS não quer dizer Partido Socialista, mas sim post scriptum...Como em qualquer gabinete ,seja ele municipal ou não, há sempre um dicionário com citações em latim, escuso de fazer aqui a difícil tradução... Aliás,basta pensarem um bocadinho, e verão que não é dificil a tradução.. .Pois,mas não estão habituados a pensar,nao é? Só a receber. O que , em si, tem custos. O de nao pensar,por exemplo...

17 janeiro 2007

Aborto

O PSD é o único partido que não tem posição oficial no referendo sobre o aborto. Vivemos no PSD,então, uma situaçao de interrupção voluntária de opinião. Não e não.Duas vezes não...

Vinte e um

1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21. Contei-os ,são vinte e um. E se fosse assim : 2,7,4,9,3,6,1,4,5,11,18,15,19,13,15,12,14,17,21,18,20? Também seria vinte e um. Significa que nesta ordenaçao só interessa o número, não interessa a ordem.Conclusão errada. Vejamos porquê. Contemos outra vez:1+2+3+4+5+6+7+8+9+10+11+12+13+14+15+16+17+18+19+20+21. E se disser que são vinte um? Está certo ou está errado? Está certo e está errado! São vinte um números que valem mais que vinte e um. Significa que nesta ordenaçao nao interessa a ordem, só interessa a soma. Que é superior a vinte e um. Quer isto dizer que vinte e um é diferente de vinte e um.Tanto pode valer mais como menos.E se somassemos outra vez? Somemos,entao.E vejamos o que dá :1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1. Dá vinte e um. Ora, vinte e um é ,aqui, igual a vinte e um. Nem mais,nem menos. Significa que nesta ordenaçao tanto interessa o número, como a ordem,como a soma. Afinal, tudo interessa ao número vinte e um.E se tudo interessa ao 21, o 21 também pode ser número de radar. Só nao pode ser é nota atribuida à vereadora que inventou 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16,17,18,19,20,21 radares. Por isso só lhe dou :1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1. Eu contei bem. Contem lá a ver quanto lhe dei.Contentes? Eu também.Tão contente que nao resisto à tentaçao de atribuir nota ao meu "post".Ora contem lá : 1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1+1.Contaram? Hummm...Duvido. Dei nota 21? O número até que merecia,mas não vou revelar.Só digo que o "post" teve uma nota óptima. Mas,só aqueles que contaram,sabem... Vinte e um? Vinte e um não é número de nota ,é só de radar...Pelo menos,em Lisboa.

16 janeiro 2007

CARMONA ESMAGA OPOSIÇÃO

A saída de Carrilho da Câmara de Lisboa, para além das consequências no seu percurso pessoal, não de todo irrelevantes, mas naturalmente agora não equacionáveis, deixam aparentemente o PS numa situação fragilizada, perante o consulado Carmona.
Com efeito poder-se-á argumentar que a dinâmica introduzida por Carmona, quiça na visão estratégica para a cidade e gestão da mesma arrasou o principal rosto da oposição, por si já agastado com a derrota eleitoral de passado recente e, agora, sem argumentos teve naturalmente que renunciar ao seu mandato, confessando a sua incapacidade para defrontar Carmona, qual libero, mas antes um verdadeiro ponta de lança.
Poderá eventualmente esta renúncia significar uma estratégia da oposição com leitura a médio prazo. Isto é, assumida que está a derrota com Carrilho, assimilado que não pode ser mais alternativa em Lisboa, pelo menos no futuro imediato, então com a sua saída como que se expia todo esse ónus negativo, podendo a partir deste momento construir-se uma alternativa de esquerda para a cidade, ainda que sem rosto liderante, mas com alguma plataforma de entendimento entre partidos da oposição.
Essa será uma hipótese à qual estaremos atentos, não nos caberá obviamente viabilizar, antes pelo contrário vigiar, mas certos que na linha de um PSD tolerante, dinâmico e abrangente, certamente que Carmona continuará a arrasar a oposição.

Novidades

Tudo vai sem novidade,nesta cidade. Nao se passa nada. Nem de bom , nem de mau.
E como é que eu sei estas coisas? A resposta é simples e politicamente correcta. A Assembleia Municipal nao tem reunido,nem se sabe quando vai reunir.Ora, se o parlamento da cidade nâo reune é porque nada se passa em Lisboa. Esta última frase até que me custou a escrever...Nada se passa em Lisboa...
Mas se nao se passa nada, devia passar-se.Ou melhor,eu até acho que se passa imensa coisa...
Acho eu e acham os alfacinhas que não escrevem estas crónicas. Achamos todos. O que quer dizer que há novidades. E havendo novidades,tudo vai sem novidade ,nesta cidade. Esta frase até que me deu gosto escrever...

15 janeiro 2007

Sarkozy

"Ensemble tout devient possible". O slogan foi lançado e a candidatura também.Perante 80.000 militantes da UMP ,reunidos na mítica Porta de Versailles, Nicolas Sarkosy apresentou-se como candidato de todos os franceses : " J´ai cessé d´être l´homme d´un seule parti".
"Sarko" simboliza uma mudança de geração na política francesa.A ele competirá ganhar o centro político, em disputa directa com "Sego" que forçosamente terá que esquerdizar o seu discurso " miterrandista".São duas visões de futuro que se defrontam nos próximos cem dias.Ser francês é ,nesta circunstância e perante esta escolha, um privilégio de cidadania...

Um repto ao Vereador Sá Fernandes

O Vereador José Sá Fernandes do Bloco de Esquerda deu, no passado dia 13, uma conferência de imprensa onde abordou a questão da Bragaparques e do terrenos do Parque Mayer. Não vi essa conferência de imprensa, mas li aqui o take da Lusa.

E transcrevo uma parte desse take:
Sá Fernandes, que se fez acompanhar pelo deputado do Bloco de Esquerda Francisco Louça, afirmou ter conhecimento de outros negócios entre a Câmara e a empresa e prometeu divulgá-los «na próxima semana», se entretanto não obtiver esclarecimentos.

E agora pergunto eu: que raio de conversa é esta? O vereador está por acaso a fazer ameaças ao Presidente da Câmara? Está a fazer chantagem?

Sei que este blog anda a ser lido por muita gente na Câmara de Lisboa, e por isso daqui lanço um repto público ao Sr. Vereador Sá Fernandes:

Se tem conhecimento de algum "negócio", lesivo dos interesses da Cidade então diga-o já. Essa é a sua obrigação enquanto Vereador da Câmara.
Denuncie aquilo que acha que tem de denunciar! Não venha é com conversas do género "ou me dás o que eu peço, ou vou contar tudo o que sei".
Isso não é seriedade, muito menos responsabilidade.
Este tipo de comportamentos apenas provoca a desconfiança sobre a instituição Câmara de Lisboa e lança a suspeita sobre aqueles que a governam. Não se pode pôr em causa o bom nome das pessoas sem mais nem menos.
Este tipo de comportamento não é digno de um Vereador!
Este tipo de comportamento é, aliás, absolutamente lamentável, mas bem revelador do estilo de oposição que o Bloco de Esquerda faz...

Corrupção

Na primeira página do "Expresso" pode ler-se : "MP confirma tentativa de corrupção a vereador de Lisboa". O vereador chama-se José Sá Fernandes.
Ontem, mesmo, pronunciava-se sobre o assunto o Presidente da Cãmara, em horário nobre, nos telejornais.O Presidente chama-se Carmona Rodrigues.
Têm nome. E servem uma instituição honrada.
Fazem parte do mesmo executivo municipal.Um é vereador ,outro Presidente.Conhecem-se ,portanto. Pelo menos ,das reuniões de Cãmara. Acredito que em tantas horas de reunião, alguma vez terão cruzado olhares e interrogado os assessores que têm sobre as respectivas identidades e filiações partidárias.
Ironizo, porque só com ironia posso entender a frase que ouvi ,em horário nobre :" Ficaria preocupado se a tentativa de corrupção tivesse sido comigo".
Eu estou preocupado com o que li no "Expresso". E sou um mero deputado municipal. Ah,e chamo-me Henrique de Freitas.
Tenho nome.E gosto de ver a Cãmara tratada,por todos, como uma instituiçao honrada.

14 janeiro 2007

Comunicado Alfacinha I

Para conhecimento dos visitantes, alfacinhas e não só, reproduzo aqui o comunicado do Grupo Municipal de Lisboa do PSD:

O Grupo Municipal do PSD, perante a recente demissão do Vereador Manuel Maria Carrilho, eleito pelo Partido Socialista para a Câmara Municipal de Lisboa:

1. Evidencia o contraste assinalável entre a serenidade e tranquilidade da gestão autárquica do PSD em Lisboa e a instabilidade e intranquilidade na oposição, em particular no PS.
2. Denuncia o total desrespeito que esta decisão revela por parte do PS para com a vontade expressa pelos Lisboetas nas eleições autárquicas de Outubro de 2005, demonstrando incapacidade para assumir os seus compromissos e as suas responsabilidades autárquicas.
3. Denuncia, ainda, a má consciência do PS face a esta situação, ao mantê-la escondida dos Lisboetas pelo menos há mais de 8 meses.
4. Releva que para o cabeça de lista do PS, Lisboa não vale sequer o sacrifício de ser vereador e articular agendas, por forma a contribuir para a resolução dos problemas da Cidade.
5. Reafirma a necessidade de existir uma oposição em Lisboa, que seja credível e serena e interessada em garantir que os interesses da Cidade se sobrepõem aos interesses meramente partidários.

Lisboa, 12 de Janeiro de 2007
O PRESIDENTE DA DIRECÇÃO DO GRUPO MUNICIPAL

Saldanha Serra

A Filosofia e os filósofos

Derrida interveio publicamente pelo "direito à filosofia" .Essa disciplina "impossível e necessária, inútil e indispensável".Esse "ensino nao ensinável". Filosofemos então...
Na década de 80 a comunidade filosófica francesa lançou um apelo : " Nâo há universidade sem filosofia". E a ele se seguiu um outro : " Não há escola sem filosofia". Radicam estes apelos na ideia da filosofia como disciplina da razão, como modelo de racionalidade.Filosofia como aquilo que ensina a pensar e que ,em ultima isntância, transforma o ensino em educação. E é neste sentido que Kant define a figura do filósofo como "mestre da razão pura". Socorri-me ,até agora ,de um magnífico texto de António Guerreiro publicado no "Expresso", de onde retenho, também, a importância da filosofia como modo de pensar, de argumentar, de fornecer instrumentos de crítica e de inteligibilidade do mundo. Ou seja, a filosofia como um "direito" de cidadania. Ou,ainda, da capacidade de resistência da filosofia à homogeneização do quotidiano e aos seus efeitos anestésicos e de anulaçao da "capacidade de espanto". Sobre tudo isto se debruçaram ,em Lisboa, entre outros , Maria Filomena Molder, José Gil, Joao Lobo Antunes, Carlos Fiolhais,Nuno Crato, Rosa Maria Perez e Fernanda Palma. Debateram "a matéria espiritual que o cidadão necessita".
E, por isso, podemos também lançar nestas "cronicasalfacinhas" o apelo : "Não há Lisboa sem filosofia" . E, tudo isto, num ano em que se comemoram os cem anos de Hannah Arendt e se torna de leitura obrigatória - e actual- o seu livro, publicado em 1951 , "As origens do totalitarismo".
O apelo está feito. Um apelo feito aos cidadãos e, por maioria de razão, aos filósofos e pensadores da nossa cidade.A cidade parece nao gostar de filósofos,ou de alguns em particular.Mas,não há Lisboa sem filosofia. Que filosofem os filosofos,entao... A cidade agradece.
Nao sei se escrevi este "post" por Manuel Maria Carrilho ter renunciado ao cargo de Vereador.Afinal, só falei de filosofia...Havia algo mais pra falar? Isso, ja é outra filosofia... E essa nao tem nada de filosófico. E há Lisboa sem essa filosofia...

12 janeiro 2007

Abandonos Alfacinhas

Manuel Maria Carrilho decidiu recentemente renunciar ao cargo de Vereador na Câmara Municipal de Lisboa. Sai assim, após pouco mais de um ano de mandato, sem deixar memória nesta cidade, terminando um penoso processo político em Lisboa.

A pré-campanha começou logo mal, com desentendimentos entre a estrutura local do PS e o candidato.
Seguiu-se a afixação de cartazes com o slogan “mudar Lisboa!” em que a geografia da cidade estava alterada, o Castelo de S. Jorge do lado do Bairro Alto e vice-versa. Estava dado o mote daquilo que seria a passagem de Carrilho pela CML.

Posteriormente aparece o célebre vídeo da campanha, em que mais parecia que a candidata à Câmara era Bárbara Guimarães, com o jovem Diniz Maria como candidato a Presidente da Assembleia Municipal.



Mas como “o que nasce torto nunca se endireita” a campanha acaba marcada pelo episódio do cumprimento (ou a falta dele) entre Carmona Rodrigues e Carrilho no final de um debate na Sic-Notícias.


Em Outubro, o PS sofre uma monumental derrota em Lisboa, e Carrilho assume o lugar de vereador na Oposição.
Deste exercício ficam para as actas as sucessivas faltas às reuniões de Câmara e o corte de relações com o seu antigo n.º 2, o vereador Nuno Gaioso Ribeiro, que entretanto o acusara publicamente de ter um comportamento irresponsável na CML.

Nesta 4ª feira que passou, Carrilho decidiu renunciar ao mandato de vereador na Câmara Municipal de Lisboa por lhe ser impossível conciliar o exercício deste cargo com o de deputado à Assembleia da República.

Penso que não valerá a pena dizer muito mais. A curta e triste história autárquica do ex-vereador, que aqui relembrei, fala por si.

Adeus Prof. Carrilho

08 janeiro 2007

Vitoria

Ganhámos! Mas, isto foi há cinco anos. Agora ,acabei de perder o texto sobre essa vitória... Maldita informática... E nao se pode exterminá-la?
Regressarei amanha de manhã,com a vitória. A de 2001, claro está.

05 janeiro 2007

Curiosidades Alfacinhas

Ao ler este post no Lisboalisboa, fiquei a saber que o PCP de Lisboa tem um jornal chamado "Lisboa Cidade".
Acontece que a expressão "Lisboa Cidade" de facto não me era estranha! Recuei no tempo, até 1997, e encontrei isto:


03 janeiro 2007

Tributação e Competitividade Municipal

A recente decisão do Tribunal Constitucional, ao não declarar inconstitucional dois preceitos da nova Lei das Finanças Locais vem reforçar uma tónica, de futuro, que é a utilização de uma margem tributária pelos respectivos municípios.
Ora já existente em sede de Derrama e IMI, agora coloca-se em sede de IRS e, porventura nos tempos vindouros em IRC, denotando portanto uma tendência que a política fiscal, ainda que em percentagens reduzidas, pode ser utilizada pelos respectivos municípios, como um verdadeiro instrumento racionalizador da sua acção política.
Interessa ver e perspectivar qual a opção política que vingará em Lisboa, ou seja se uma lógica de obtenção de receitas por forma a equilibrar as finanças municipais, para uns moribundas e para outros relativamente equilibradas ou, pelo contrário, o acento numa opção que não sobrecarregue o contribuinte e, consequentemente, permita uma maior e melhor competitividade municipal.
Lisboa é capital. Tal facto dá-lhe vantagem, mas só essa circunstância inata não é suficiente para estabelecer toda e qualquer diferença com os demais municípios, nomeadamente para recuperar a sua população e lançar as bases de uma grande metrópole para o Séc.XXI.
Todos nós devemos ter opinião, conviria que o Executivo Municipal estabelecesse uma estratégia sobre todo este pacote tributário, conciliando a lógica de obtenção de receitas e a da promoção da competitividade municipal, é o início de uma nova oportunidade que se abre, impõe-se aos responsáveis políticos na gestão da cidade que iniciem tal debate. Por nós estamos prontos.
Pedro Portugal Gaspar

02 janeiro 2007

São José e São João

São Jose é nome de Santo. E nome de freguesia.Em Lisboa.
São José desempenha um papel decisivo,mas escondido,na historia da salvaçao.Como educador nos anos em que o Menino crescia em idade, transmitiu-Lhe experiência e conhecimento das realidades da vida humana.Como o valor do trabalho,por exemplo.
Os evangelhos narram dele muitos sentimentos,estados de espirito e ,sobretudo, preocupações e imediatas obediencias.Dele se diz ser um homem justo.E é ele patrono dos operarios, dos esposos e dos moribundos e padroeiro da Igreja.
Falámos do Santo.Falemos agora da sua freguesia.Em Lisboa.
Comemora este ano os seus 440 anos... Outro tempo, outro século , outro regime...
E vai comemorá-los bem, apostando na revitalizaçao da Avenida.A nossa mais bela Avenida! A Avenida da Liberdade...
Lisboa merece este milagre.Que é um milagre de São João...
Nós no PSD, conhecemos bem este santo de casa. É dos nossos.E faz milagres.Com a ajuda de outro santo. Querem saber o nome? Será antonio? Será pedro ? Não...
É santo , mas chama-se José !Como a freguesia.Em Lisboa.

Comentários neste blog

Decidiram os autores deste blog que, em nome da pluralidade de opiniões e do confronto saudável de opções, deveriam ser permitidos comentários livres no mesmo. E assim fizemos, expectantes sobre este exercício de liberdade tendo em conta algumas experiências recentes de blogs e respectivos comentários.
Falo por exemplo do “LxAutárquicas” ou do “Mudar Lisboa”, onde os próprios blogs eram anónimos, assim como a esmagadora maioria dos comentários que lá apareciam. Mas pior que o anonimato, era o nível do mesmos. O insulto era a palavra de ordem e discussão de ideias, zero! Tal aliás também já tinha acontecido nalguns blogs de Oeiras, a propósito das eleições para a secção de Algés.

Aqui no Crónicas Alfacinhas, também já fomos brindados com comentários anónimos, despropositados, mais preocupados em fazer ataques pessoais do que debater o que escrevemos. É triste, mas é assim.
Há quem não saiba aliar a liberdade de comentar com a responsabilidade do que escreve.
Há quem não saiba discutir, mas apenas insultar.
E há quem não tenha sequer a coragem de dar a cara por aquilo que escreve.

Felizmente, nós neste blog não somos assim. Gostamos de debater, e damos a cara pelo que dizemos. E é assim que devemos estar na política. Mas como nem todos são assim, vimo-nos forçados a activar a moderação de comentários.
Esclareço desde já que todos serão autorizados, inclusive os anónimos, desde que haja respeito. Penso que não será pedir muito…

Saudações Alfacinhas.