18 janeiro 2008

Solidariedade

Aqui registo uma palavra de solidariedade a Carmona Rodrigues. Confio nele e na justiça prtuguesa. Força.

17 janeiro 2008

A ACUSAÇÃO A CARMONA VERSUS A RAZÃO DE MARQUES MENDES E PAULA TEIXEIRA DA CRUZ

Constatei alguns comentários no sentido deste título, ou seja que a acusação proferida a Carmona Rodrigues vinha confirmar a validade da doutrina introduzida por Marques Mendes, ou seja que o arguido não tem condições para assegurar a representação política, tendo estado correcto quando lhe retirou tal confiança e precipitou a queda da Câmara Municipal de Lisboa. Trata-se pois da demonstração da validade do citado princípio, precisamente aquele que já aqui critiquei e que o designei como "Presunção de culpa política do presumível inocente jurídico".
Ora acho que este episódio vem confirmar de facto a postura de actuação da equipe de Marques Mendes e de Paula Teixeira da Cruz, mas noutro sentido, ou seja confirmar que as suas opções foram precipitadas e pouco rigorosas, senão vejamos:
1º - A presente acusação a Carmona Rodrigues prende-se com actos praticados no mandato de 2001/2005, ou seja quando assumia a presidência da CML em substituição de Santana Lopes;
2º - A polémica sobre a hasta pública já era comentada e aliás já tinham sido enviados elementos para a Procuradoria, como foi a decisão da então reunião de leaders da Assembleia Municipal, na qual o PSD estava representado por mim próprio;
3º - A opção por Carmona Rodrigues para as eleições de 2005 foi posterior a tais actos, sobre os quais recaiam estes elementos, precisamente sobre ele e Fontão de Carvalho;
4º - Em 2005 a então CPN do PSD, presumo que ciente de tais elementos, ou então com manifesta ligeireza se não os conhecia, optou por uma hierarquia de lista à CML composta por Carmona Rodrigues, logo seguido de Fontão de Carvalho.
De facto se conhecia os elementos e não os equacionou voltou a revelar dois pesos e duas medidas para situações complexas no exercício de mandato autárquico. Se não as conhecia, revela obviamente a falta de diálogo que sempre manifestaram, designadamente com a leaderança cessante da Assembleia Municipal, quanto não fosse para conhecer as principais questões, bem como aceitar sugestões de avaliação dos respectivos deputados.
Assim não colhe misturar estes elementos com a retirada de confiança em 2007 e, consequentemente não o ter apoiado nessas eleições intercalares. Revela sim a falta de densidade das opções tomadas e a contradição com o que ao tempo se apregoava.

01 janeiro 2008

Jantar de Natal

O assunto não foi alvo de grandes notícias ou discussões. Na imprensa escrita apenas o Correio da Manhã pegou no assunto. Pode ler a notícia aqui.

Falo do tradicional jantar de Natal dos funcionários da Câmara Municipal de Lisboa. Ou melhor, da falta dele.

Segundo revela o Correio da Manhã, “António Costa optou este ano por não organizar a festa de Natal para os funcionários da Câmara de Lisboa”, “a opção de Costa prende-se, muito provavelmente, com o facto de este não querer fugir à política de contenção de despesas que tem levado a cabo desde que lidera a autarquia.”

Que a CML precisa de uma política de contenção de custos, ninguém o discute.

Que se acabe com o tradicional jantar de Natal para os funcionários, ninguém percebe.

Não vale a pena falar muito sobre o simbolismo de tal evento e a sua importância na organização. Numa instituição complexa, e que tanto tem sofrido nos últimos tempos, gestos como este não ajudam na fundamental tarefa de mobilizar os trabalhadores da CML. Muito pelo contrário.

Quanto ao argumento financeiro, ele também não colhe. O custo do evento no ano passado atingiu perto dos 144 mil euros. O que representa isto no orçamento da CML? Nada. Ainda para mais com o balão de oxigénio dos 400 milhões de euros que a Assembleia Municipal recentemente aprovou.

O evento do ano passado juntou 6.250 pessoas. Estamos portanto a falar de um investimento, sim, investimento e não despesa, de 23,04 €/pessoa.
Por outro lado o custo do evento representaria cerca de 0,017% do orçamento de 2007.
Estes rácios evidenciam ainda mais o ridículo do argumento financeiro.

Existem muitas coisas onde se pode cortar verba. Existem outras onde não se deve. Ponto!