05 dezembro 2008

A desagregação

Nunca tive muitas esperanças sobre aquilo que viria a ser a liderança de Manuela Ferreira Leite no PSD. Escrevi mesmo neste blog, na altura das directas, que aquela campanha iniciava o fim do mito da Dama de Ferro do PSD.
Volvidos 8 meses sobre essa escolha, parece que o tempo se encarregou de o demonstrar.
MFL não conseguiu impôr-se como alternativa política a Sócrates, e o PSD continua hoje num estado de agonia agravado pelo defraudar das expectativas que o resultado das directas provocaram no povo laranja.
As diversas sondagens continuam a dar um fosso gigantesco entre o PS e o PSD, pior do que no tempo de Meneses.
Na equipa de MFL houve uma total desagregação. Basta recordar Rui Rio a dizer que ainda teria de ir apagar fogos no PSD, ou de Morais Sarmento a pôr a hipótese de ser líder após 2009. Mais recentemente foram Marcelo Rebelo de Sousa a vaticinar uma segunda vinda de Cristo à Terra e Castro Almeida a afirmar que se Marques Mendes quisesse regressar teria inúmeros apoios.
Pacheco Pereira e Paula Teixeira da Cruz também já se têm demarcado da linha seguida pelo PSD e agora foi a vez de Marques Mendes vir dizer que o PSD não é olhado como alternativa.
Pelo meio António Sampaio e Mello abandona o gabinete de estudos e desmente a justificação dada pela direcção do PSD
A inicial estratégia de silêncio, a maneira desastrada como geriu a candidatura de Santana a Lisboa e algumas gafes também contribuiram para a situação que hoje se vive no PSD, e sobretudo para a maneira como o PSD é visto pelos portugueses.
Apesar de ter votado Santana nas directas, não defendia alterações de liderança no PSD em vésperas de um ciclo eleitoral como o de 2009.
Hoje, e face ao cenário que temos pela frente, confesso que não sei o que seria melhor...

1 comentário:

Anónimo disse...

Já somos dois que não acreditavam em MFL e na sua camarilha. Mas a verdade é que a realidade ultrapassou a ficção -SÃO MESMO UNS NABOS!

Ou será que não? Que são apenas os submarinos do PS?

Afinal aquela história do Rangel dizer que se os 30 do PSD estivessem, não faltavam os deputados do PS. CHEIROU-ME A CENTRÃO E CONIVÊNCIA... E Deus me perdoe se erro, mas com estes eu nunca me engano e nunca tive dúvidas...