28 maio 2007

Os assessores da CML

O Correio da Manhã de hoje, volta a pegar no assunto dos assessores da Câmara de Lisboa.
É um assunto recorrente e sempre polémico.

O problema é que a lei não prevê a questão dos gabinetes dos vereadores de uma forma razoável, e não está adequada às necessidades de hoje. A lei prevê a existência de um adjunto (na prática um chefe de gabinete) e uma ou duas secretárias.
Todo o restante staff tem de ser contratado a recibos verdes, num processo burocrático absolutamente ridiculo com consultas prévias, cartas convites, respostas, etc.

Não pomho em causa a necessidade da existência dos assessores. Já passei por vários gabinetes, na CML e no Governo e conheço bem esta realidade, o trabalho que envolve, as responsabilidades que se assumem. O bom desempenho das equipas é essencial ao bom desempenho dos titulares dos cargos. Claro que, como em todo o lado, há gente boa e má. Há os que trabalham e os que apenas estão lá para receber o cheque ao fim do mês. Há os que têm ordenados normais, e os que foram atingidos por uma espécie de euromilhões mensal. Mas aí a responsabilidade é de quem permite e/ou autoriza essas situações.

Mas acima de tudo, uma pessoa tem o direito de convidar quem entender para trabalhar com ela nos gabinetes. São lugares de confiança pessoal, mais até do que política. E se isso é permitido a um Ministro ou a um Secretário de Estado, porque não há de o ser a um vereador? Sabemos bem que a CML tem uma dimensão e um orçamento superior a alguns Ministérios.

De uma vez por todas devia haver a coragem de regular esta matéria. Não seria preciso inventar muito, bastaria criar uma lei, à semelhança aliás do que existe para os gabinetes dos membros do Governo. Definia-se o numero de assessores, com ordenado tabelado, e era tudo simples, claro, transparente e sem abusos.
Em tempo de campanha eleitoral, aqui deixo esta sugestão aos diversos candidatos.

4 comentários:

Anónimo disse...

Pois a história dos assessores dá 'pano para mangas'. Ainda na Assembleia Distrital do PSD um ex-vereador da CML discursava que só tinha 4 assessores. Sabendo por conhecimento pessoal, ou pelos media, que tal não era verdade, houve sururu na sala com gritos de: «só da secção x são 20 ou 30» e de «...»! Mais simpaticamente alguem fala para um companheiro da mesma secção do vereador e diz-lhe «Que Pinóquios há lá pela sua secção!». Ao que um companheiro de outro concelho diz:
-Bocas maldosas, o homem disse a verdade!
-???
-4 eram os que lá iam trabalhar!

Quanto à ideia do Rodrigo até é excelente -na teoria! É que o vereador em causa além de ter alguns 40 no gabinete ainda meteu outros tantos em várias empresas municipais. É possível fugir, se não houver CREDIBILIDADE...Como eu gosto desta palavra sobretudo quando aplicada aos que a conspurcaram.

Anónimo disse...

Esqueci-me que a história dos assessores continua a ser ventilada tb porque um vereador deu duas listas diferentes dos sues assessores -deve ser primo do outro que tem dois diplomas diferentes e um feito numa secretaria ao domingo...

Anónimo disse...

Li no LisboaLisboa que o Lipari tem a Judiciária à perna, Se vai ser constituido arguido, recomeçamos com a história do arguido-demitido? Ou o controle dos bairros da Gebalis, que dão votos á 'Loura' e ao MicroMachine, fazem esquecer a credibilidade?

Unknown disse...

Mas... Já leu o livro de Junho? Não leu? Vai comentar? Quer Chá com Scones?
Só postar! Só postar!Ai!

http://absolutamenteninguem.blogspot