09 maio 2007

O suspeito do costume...

É a segunda vez que o PSD, ao exercer o poder, acaba por o perder por culpa de alguns dos seus!
Foi assim com o governo de Pedro Santana Lopes. Desde o início do processo de nomeação de PSL para Primeiro-Ministro, que Marques Mendes se demarcou dessa solução, dando eco na comunicação social da sua frontal oposição a essa nomeação.
No final de Julho de 2004, em entrevista a Maria João Avillez na SIC-Noticias, Mendes defendia que devem existir alternativas dentro do PSD e garantiu que não irá abdicar do seu espaço dentro do partido. "O partido [deve] estar sempre preparado para responder às exigências dos cidadãos, dos eleitores, e ter posturas diferentes, alternativas de ideias, de projectos, de métodos ou de estilos."
O título do jornal Público do dia seguinte era: "Marques Mendes afirma-se como "alternativa" dentro do PSD".
Ele foi um dos que ajudou à instabilidade vivida nesse período, contribuindo indiscutivelmente para o enfraquecimento do Governo do PSD de então.

Agora o fenómeno ocorre na Câmara de Lisboa. E lá está Marques Mendes outra vez!
As suas interferências na gestão da Câmara foram permanentes: ora sugerindo nomes para algumas empresas municipais, ora vetando nomes noutras, ora chamando o Presidente da Câmara à São Caetano para instruções, ora mandando sair vereadores, contra a vontade do Presidente da autarquia, ora dando cobertura a uma estratégia de pôr termo a uma coligação que assegurava a governabilidade da Câmara.
Tudo isto resultou numa evidência: o enfraquecimento da posição de Carmona Rodrigues, pondo em cheque a sua autoridade na CML.

O que terá mais que perder o PSD para perder de vez este presidente?? As legislativas de 2009??

1 comentário:

Anónimo disse...

Mais credibilidade!
E naturalmente as três eleições de 2009.

Marques Mendes, que se considerou incapaz para líder do PSD, deveria ter mantido essa brilhante ideia. Como não a manteve, colaborou num golpe de estado feito pelo Jorge Sampaio, em que a Constituição portuguesa foi calcada por pessoas que, num qualquer estado de direito, estariam presas!

Penso que a primeira medida, como presidente eleito do PSD, ainda em Pombal, foi dizer a PSL que o candidato a Lisboa era Carmona Rodrigues. A partir daqui Mendes e os seus apoiantes fizeram as listas para o município de Lisboa. Fizeram ainda algumas para as freguesias ‘limpando’ –citei – os menezistas –que devem ser uns tipos que comem criancinhas ao pequeno-almoço e matam os velhos com uma injecção atrás da orelha, justificando assim a severa perseguição e a purga.
Depois e como fosse pouco, colocaram os apoiantes menores em tudo o que era ‘tacho’ na CML, ao ponto da anedota. Uma, sem dúvida, prendada menina tomou a palavra, numa das secções, para dizer que, como estava a acabar uma licenciatura, tinha direito a mais qualquer coisa do que os 6 (seis) ‘tachos’ já dados pelo PSD. Esclareço que a menina tem mais de 30 e nunca foi estudante-trabalhadora… Mas há pior…

Depois MM meteu-se em tudo o que era gestão diária da CML, ao ponto também do ridículo: com as contradições entre a sua palavra e a de Carmona:
com as nomeações por telefone; com os vetos telefónicos (não esquecer que Pedro Portugal Gaspar é um dos tais perigosos menezistas); com as ameaças dos seus apoiantes de expulsão de militantes-autarcas que não concordassem com a direcção nacional; com ameaças a funcionários…; com a quebra da coligação, porque Sérgio Pinto não estava a controlar a GEBALIS, leia-se os votos dos capangas; etc; etc; etc.

Claro que tudo isto fragilizou o PSD em Lisboa, a ponto de haver um post prévio de, e cito de memória, «Lisboa para nenhuns». Marques Mendes só tem uma saída: CANDIDATAR-SE.
Não finja que não é parte, na galinhada, porque é! Não invente patetas para darem a cara por ele.

VÁ! SEJA HOMEM E ASSUMA! DEIXE DE SER MESQUNHO!


Ps – mesquinho = homem moralmente pequeno