25 março 2007

LISBOA "ADMINISTRATIVA"

Curiosamente, após toda uma agitação mediática, mais ou menos difícil para quem assume os destinos da cidade, naturalmente que variando em função de quem analisa tais informações, deixou de se falar e comentar as questões da capital. Porquê? Obviamente que tal se deve aos agentes políticos com responsabilidade executiva, pois uns a querer passar despercebidos, outros incapazes de assumir quaisquer alternativas.
Ora num quadro destes a cidade funciona, é certo, mas numa velocidade administrativa que, por si, nada tem de errado, mas apenas cumpre a rotina e os serviços vão actuando como sabem fazer, não existindo uma alma, um fio condutor, enfim, uma leaderança.
Claro que com esta omissão de oposição devia o Executivo ser mais exigente e imaginativo, não lhe bastando passar despercebido, satisfeito com a manutenção do mandato, a jogar para o empate, mas sim ser mais actuante e imprimindo uma dimensão Política à velocidade administrativa. De facto reagendando temas fundamentais como:
a) O Aeroporto de Lisboa;
b) A dimensão de Lisboa no quadro da Presidência Europeia;
c) O diálogo com o Poder Central quanto à revitalização de toda a zona ribeirinha;
d) A preparação das comemorações da vitória republicana, em 1908, nas eleições para a vereação de Lisboa.
Já a Assembleia Municipal também devia ser mais actuante, agendando por si um calendário próprio de iniciativas políticas, pois a fiscalização devia existir tanto na acção (análise de propostas do Executivo), como na omissão (sugestões para actuação do Executivo quando este não tem propostas), sob pena de ser uma acção fiscalizadora apenas reactiva.
Façamos votos que se retome a velocidade política, imprimindo assim uma dinâmica à Administração e não o contrário. Possivelmente haverá quem aguarde pelo regresso dos vereadores Fontão de Carvalho e Gabriela Seara para que se retome a agenda política, de facto regressarão em breve, mas certamente que o PSD também tem um quadro de autarcas capaz de agir e leaderar politicamente a cidade. Estamos disponíveis, em breve recordaremos as propostas que já fizemos aprovar neste mandato na Assembleia Municipal, sempre no plano das ideias e dos desafios para a cidade. Vamos ao trabalho, por Lisboa.

4 comentários:

Anónimo disse...

Realmente a CML é a 'mãe' de «toda a apagada e vil tristeza». A cidade está parada, fruto de autarcas que nada tem a propõr, pois estão nas listas, apenas por serem caciques de pacotes de voto. Os outros, que tem ideias, ou capacidades são, ou relegados para lugares onde nada podem fazer,ou simplesmente nem são convidados.
«Os lugares não chegam para todos» -citei.
Há ainda que referir os boicotes a quem consegue uma equipa e está a tentar fazer algo no meio da confusão reinante.

Os que pensam que podm jogar para o empate, percam as ilusões -já há nome para o futuro presidente da CML. Está no segredo 'dos deuses', mas alguns 'deuses' já afirmaram que não serão eles...

Os temas que o Pedro Portugal coloca para discussão são pertinentes, mas quem tem capacidade para tal? Alguns dos Vereadores só acertam uma, com a boca fechada...É triste dizê-lo, mas é a pura verdade.
Assim sendo considero pouco provável o terminus da «apagada e vil tristeza».

Anónimo disse...

...

Pedro BH disse...

A Câmara Municipal de Lisboa prepara ou pensa preparar um programa de comemoraçoes em memória da vitória do Partido Republicano Português para a vereaçao de 1908? Terei compreendido bem ou é uma brincadeira?

Pedro Portugal Gaspar disse...

Caro pbh, brincadeira ou a sério acho que é um tema que deve ser discutido, entenda-se o da vitória republicana em 1908. De facto todos os 5 de Outubro comemora-se a Revolução, certo que a mesma vingou e mudou o nosso Regime Político, estando prestes a atingir o 1º Centenário. Pergunto não faz sentido nesse quadro comemorativo do centenário a análise à vitória eleitoral, não revolucionária, do Partido Republicano em Lisboa?