17 fevereiro 2007

DESCER NA VIDA

Há mais de um ano, o actual Presidente da Câmara referiu que um dos seus objectivos era "descer na vida", afirmação que não deixou de provocar algum espanto quanto ao seu alcance. Obviamente que o objectivo em época pré-eleitoral era claro, evidenciar a humildade e simplicidade de tão douto professor, o qual até arranjava lavatórios no Ministério, aquando da sua passagem por Ministro, como noticiava Gabriela Seara, tudo na lógica da grandeza simples de tão austero cidadão, exemplo da nova postura na política.
Claro que isto das posturas e éticas é um campo vasto, no qual estou à vontade, mas não cabe aqui referenciar tal temática, mas antes e sim tentar inferir o sentido da expressão "descer na vida". Numa visão mais literal e pragmática parece evidente, agora, aos olhos de todos, qual o alcance e fim da expressão "descer na vida", que obviamente está a um passo de ser alcançada, pelo menos pelo autor de tão eloquente expressão.
Contudo, faço votos é que esta descida na vida não traga consigo uma descida ético-valorativa da e na política, nomeadamente a propósito da referida ocultação e conivência do conhecimento das situações processuais aplicáveis a membros da equipe, com juízos políticos severos para os acusados, mas benevolentes para os encobridores. Matéria e procedimento, a concretizar-se, ao arrepio dos princípios éticos seculares, sempre claros no juízo negativo aplicável tanto aos autores materiais, como morais, sem esquecer os instigadores e os encobridores, esperemos pois que não haja uma descida colectiva na vida política.

8 comentários:

Luis Cirilo disse...

Neste Presidente já nada admira !
Então não foi ele que disse que via com "bons olhos" a entrada da PJ na Câmara ?

Anónimo disse...

Enquanto o presidente se decide, enquanto se hesita entre descobertos e por descobrir, enquanto se investiga e se omite, enquanto saem e não saem mais notícias devastadoras para o órgão principal deste corpo moribundo, enquanto se degradam apêndices, e de atacam os órgão fundamentais, enquanto a questão política não tiver em conta o interesse público e interno da cml (falo, obviamente, dos funcionários) vamos vivendo uma letargia que deixa feridas e profundas inflamações no funcionamento. Por isso, deixando a questão política de lado e quem fica com o quê, ou simplesmente quem fica, se perdermos dois minutos a observar os 11 000 funcionários percebemos que é urgente que estes tenham alguma palavra a dizer, que ganhem estímulo, motivação e acima de tudo conheçam os objectivos e sintam alguma (que seja) responsabilidade assumida pelos seus superiores hierárquicos. Sem exemplo de trabalho, rigor e eficiência, corre-se o risco de contaminação que faça apodrecer o que ainda resta deste corpo moribundo. Nem todos são maus e há, certamente, quem (ainda) queira e saiba trabalhar. Não vale desinsinar.

Anónimo disse...

!!!NOVO BLOG!!!
O que têm Carmona e o PSD a ver com um par de testículos? Quais são os três cavaleiros do Apocalipse Municipal?
Resposta para estas e muitas mais questões em http://ohcarmonga.blogspot.com/
Visite-nos, e habilite-se a ganhar um lugar elegível na lista do PSN, da MDP-CDE ou do Benfica (à escolha)

Anónimo disse...

Há coisas fantasticas...

Anónimo disse...

Diz-se aqui, algures num comentario,... os 11000 funcionarios teem uma palavra a dizer.
Pois bem eu sou funcionario nesta camara, e sei que grande parte dos meus colegas e eu incluido, nao temos uma, mas duas palavras a dizer: Volta Santana !!!

Anónimo disse...

Com a ajuda e lealdade destes rapazes que aqui escrevem, para quê precisa o Carmona de inimigos?

Na câmara já conta com a Marina Ferreira a "ajuda-lo" a saír para lhe ocupar o lugar, o Pedro Feist mais preocupado com os brinquedos, o Proa com uma agenda muito própria cada vez menos ligada à CML, o Amaral Lopes está no "mundo" da cultura e o Lipari só quer arranjar lugares aos amigos do Preto. Na assembleia o PSD não se entende.

A oposição só precisa de deixar o tempo passar

Anónimo disse...

eu diria ainda mais, com oposições destas, quem precisa de amigos?!?!

Anónimo disse...

Amén, Pedro, amén!