22 janeiro 2007

A terceira pessoa do plural

Eu , tu ,ele , nós , vós , eles. Na primária, era assim que aprendiamos. Do singular ao plural. Do indicativo ao conjuntivo. Do passado ao presente. Do futuro ao condicional. No princípio era verbo e a gramática a acompanhá-lo. O sujeito e o predicado. O substantivo e o adjectivo. O ponto e a vírgula. A exclamação e a interrogação.A oraçao ou as orações. A escrita e a leitura.
Ora, é da escrita que leio na cidade de Lisboa que quero escrever para aqueles que me leêm. Eu escrevo na primeira pessoa do singular. É assim,a escrita. Mas, hoje não é essa que importa. Hoje o que importa , e muito, é a escrita na terceira pessoa do plural. A escrita deles. Mas quem são eles? Para falar deles tenho de falar primeiro do Alecrim , da Rosa , da Misericórdia, da Atalaia, do Barão de Quintela ou do Príncipe Real. Das vítimas, portanto. Que são muitas e que aqui não cabem. Vítimas deles. Vítimas da escrita deles. Vitimas dos traços e gatafunhos deles. E quem são eles? São aquela terceira pessoa do plural que , anónima e cobardemente, suja a cidade e o seu centro histórico de "graffitis" , ou sendo mais preciso, de "tags "!!!! Não é arte,nem estética. É crime! Contra mim, contra si e contra a cidade. Contra nós , os alfacinhas. Contra vós, os que nos visitam. É um crime.
Contra eles é o nosso combate! Um combate do eu ,do tu, do ele, do nós e do vós.Pela escrita e pela Cidade.

1 comentário:

Anónimo disse...

Lá está uma causa a merecer melhor a atenção dos portugueses que tudo esquecem perante a maior árvore de Natal da Europa, no Terreiro do Paço. Lá estaria uma acção mais louvável para a SIC e o Millennium BCP se unirem, por exemplo. Limpar a nossa cidade desses actos de vandalismo puro parece uma iniciativa premente.