16 janeiro 2007

CARMONA ESMAGA OPOSIÇÃO

A saída de Carrilho da Câmara de Lisboa, para além das consequências no seu percurso pessoal, não de todo irrelevantes, mas naturalmente agora não equacionáveis, deixam aparentemente o PS numa situação fragilizada, perante o consulado Carmona.
Com efeito poder-se-á argumentar que a dinâmica introduzida por Carmona, quiça na visão estratégica para a cidade e gestão da mesma arrasou o principal rosto da oposição, por si já agastado com a derrota eleitoral de passado recente e, agora, sem argumentos teve naturalmente que renunciar ao seu mandato, confessando a sua incapacidade para defrontar Carmona, qual libero, mas antes um verdadeiro ponta de lança.
Poderá eventualmente esta renúncia significar uma estratégia da oposição com leitura a médio prazo. Isto é, assumida que está a derrota com Carrilho, assimilado que não pode ser mais alternativa em Lisboa, pelo menos no futuro imediato, então com a sua saída como que se expia todo esse ónus negativo, podendo a partir deste momento construir-se uma alternativa de esquerda para a cidade, ainda que sem rosto liderante, mas com alguma plataforma de entendimento entre partidos da oposição.
Essa será uma hipótese à qual estaremos atentos, não nos caberá obviamente viabilizar, antes pelo contrário vigiar, mas certos que na linha de um PSD tolerante, dinâmico e abrangente, certamente que Carmona continuará a arrasar a oposição.

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