27 dezembro 2006

A Grande Entrevista de... Azevedo Soares

O “El Comandante” social-democrata brindou-nos recentemente com uma entrevista à revista Sábado.
Sobre Lisboa, as respostas foram estas:

Sábado – Qual é a responsabilidade da direcção do partido no fim da coligação na Câmara de Lisboa?

A. Soares – Nenhuma, zero. O partido tem mais de 140 municípios. É certo que Lisboa é a capital. Mas que seria de nós se estivéssemos preocupados com o que se passa nas câmaras? Estamos preocupados em termos gerais.

Sábado – Não houve intervenção nenhuma?

A. Soares – Rigorosamente nenhuma.

Sábado – É público que Marques Mendes tinha pedido para ser adiada aquela votação (sobre os administradores da Sociedade de Reabilitação do Chiado)…

A. Soares – Perguntou-me se havia responsabilidade. Mas é claro que Marques Mendes e os dirigentes do partido falam com o Presidente da Câmara. Se a pergunta é essa, sim, falam. Sobre assuntos da Câmara, em termos gerais e estratégicos…mas não dos processos em curso da Câmara.

Sábado – Mas é verdade que pediu esse adiamento?

A. Soares – Não acredito. Admito que ao conversarem de um problema em concreto, Marques Mendes tenha dado uma sugestão, em conversa, uma pista para melhor poderem apreciar uma situação. Essas coisas acontecem no dia-a-dia da política. O Presidente da Câmara quando fala com o Dr. Marques Mendes, não é do sexo dos anjos. Fala também de alguns problemas que tem. E Marques Mendes não deixará de emitir algumas ideias e opiniões.

Sábado – Desta vez levou à letra a opinião do presidente do PSD e depois foi o fim da coligação…

A. Soares. – Não. Isso é uma versão. A responsabilidade de tudo o que se passa na Câmara é do presidente da Câmara e dos Vereadores.

Sábado – Carmona exerce uma liderança forte?

A. Soares – Acho que exerce uma liderança. Não sei se é forte. Interessa é se é boa. Até ver, não tenho razões para achar que não seja uma boa liderança. As coisas estão a avançar.


As contradições nesta pequena parte da entrevista são mais que muitas. Mas o mais interessante é a grande contradição com as recentes declarações de Paula Teixeira da Cruz ao jornal o Diabo:

O Diabo – A versão de que Marques Mendes havia pressionado o Presidente Carmona Rodrigues para afastar Pedro Portugal Gaspar da SRU não correspondem à verdade?

PTC – O presidente já afirmou que nunca houve a interferência de ninguém na condução da Câmara, fosse a que título fosse.

Afinal ficamos a saber, pelo 1º vice-presidente do partido, que há conversas sobre problemas em concreto (quando antes tinha dito que só falavam sobre assuntos gerais e estratégicos), e que Marques Mendes dá sugestões, pistas e “não deixará de emitir algumas ideias e opiniões”.

Pela minha parte, estou inteiramente esclarecido. O meu obrigado ao Sr. Comandante…

1 comentário:

Anónimo disse...
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