24 setembro 2008

CASAMENTOS HOMOSSEXUAIS II

Registo hoje, 48 horas após a publicação do meu artigo no Diário Económico e 24 horas após a sua reprodução neste blog, que Paulo Mota Pinto, Vice-Presidente do PSD, sugeriu hoje na TSF e no Correio da Manhã, que os portugueses devem ser ouvidos por referendo relativamente à problemática dos Casamentos Homossexuais. Naturalmente que subscrevo tal posição, não só por a ter lançado em primeira mão no debate político, como obviamente por registar que há dirigentes políticos atentos ao que se escreve e, quando se identificam com tais propostas, potenciam o ângulo de debate que as mesmas encerram. Isto é política, esta é uma actuação de ataque do PSD que subscrevo também e, principalmente, porque materialmente a matéria e o tema impõem tal consulta popular, ainda que não seja em calendário urgente. Fundamental e urgente é que qualquer alteração legislativa seja precedida de um Referendo Nacional, pois a "fractura" não se compagina com uma alteração legislativa simples.

3 comentários:

Anónimo disse...

Depois de ler este post, passei os olhos pela blogosfera e concordo com a opinião do Vasco Campilho: um referendo nacional sobre este tema (quando temos problemas bem mais graves para resolver e nunca fizemos uma auscultação nacional sobre determinadas matérias bem mais relevantes)só pode ser uma PIADA! Desculpe Pedro mas está a ficar obcecado com o tema! Você que se interessava tanto por Lisboa deveria dar a sua opinião sobre as polémicas que estão a estalar sobre a CML. Gostariamos de ler a sua visão sobre isso.

Pedro Portugal Gaspar disse...

Caro anónimo subscrevo parte das suas observações, mas penso que reina alguma confusão na matéria. Também acho que este referendo não é prioritário, como não era o do aborto, simplesmente há uma "esquerda de caviar" que gosta de fracturar, pelo que o tema foi lançado para a agenda. Agora a questão está em saber se queremos que tais alterações estruturais resultem por via de democracia representativa, ou se o que está em causa não implica uma consulta directa à população. Essa é a questão, esse foi o meu contributo para o debate de um tema que já estava lançado, simplesmente por uma via de resolução que não parece a mais consentânea com o problema. Por outro lado, mesmo que se fosse para referendo nada impunha que o mesmo fosse urgente, portanto também aí nunca referi qualquer pressa.
Quanto a Lisboa, lá iremos em breve.

Anónimo disse...

Muito bem, Pedro, assim entendo-o melhor. Aguardo (ou melhor, aguardamos todos) que se pronuncie sobre Lisboa. Por todos os motivos e mais alguns, a sua opinião terá algum interesse.
Um abraço.