OBVIAMENTE DEMITA-SE
A Srª Presidente da Assembleia Municipal, com as recentes declarações à comunicação social, já aqui bem anotadas pelo Rodrigo, só tem um caminho, obviamente demitir-se desse cargo. Contudo, quer e não quer, diz que cumpre institucionalmente, mas no fundo condiciona institucionalmente, aliando-se a António Costa, num registo que não é, nunca foi e nem nunca será o do PSD.
Com efeito, levianamente afirmar que a direcção Marques Mendes nunca interferiu na gestão da CML, ao tempo de Carmona, é o mesmo que dizer que a Terra é quadrada, pois tantas são as evidências que o negam, que ridículo se torna sustentar tal afirmação. Mas tal afirmação tem um propósito, politicamente subversivo, de verdadeira guerrilha interna, feita na praça pública, não nos locais próprios do partido, como aliás era apanágio, ao tempo, dos mendistas e, finalmente, a coberto de uma função institucional.
Será que a srª presidente se esqueceu de toda a pressão e condicionamento que exerceu sobre o grupo parlamentar, em especial quando acumulou a respectiva presidência da AML com a distrital de Lisboa do PSD? Que dizer da moção/debate sobre o aborto? Ou ainda da moção de apoio à própria presidente da AML, neste caso com disciplina férrea de voto?
Não, é demasiado grotesco e ridículo para não se levantar uma intenção mais profunda nestas declarações, as quais visam criar uma destabilização total no seio do PSD na Assembleia e, principalmente nas direcções distritais e nacionais do partido. Por um lado a querer reendosar a Menezes aquilo que Mendes pagou relativamente a Lisboa, mas claro que se esquece de duas posturas distintas nesta matéria. Por outro lado criar um clima de pressão política constante com a ameaça do cenário do PSD perder a presidência da Assembleia Municipal de Lisboa.
Ora sobre este facto, que parece preocupar bastantes deputados municipais e não só, importa perceber o seguinte:
a) Com este tipo de comportamentos, aliança institucional-condicionadora a António Costa, o PSD já não possui a presidência da AML;
b) É tempo de distender o grupo e a actuação dos respectivos deputados da tutela política que a Srª Presidente exerce, precisamente para se construir um PSD mais genuíno e combativo;
c) São preferíveis outras soluções, mesmo com riscos políticos, mas que reforcem o papel proactivo e alternativo que o PSD deve desempenhar em Lisboa.
Não há vazios em política, as soluções constroem-se, é tempo dos intervenientes assumirem as suas responsabilidades. À Srª Presidente obviamente só cabe a demissão, ao PSD encontrar uma solução agregadora e de unidade, ficando também claro os que preferem ficar a coberto desta situação ou, em alternativa, contribuir para um PSD refrescado e ganhador. A minha opção está tomada há que prosseguir na busca dessa alternativa...
5 comentários:
desde que não passa pelo nenhum dos três alfacinhas!Tudo bem..
lol. Se quiser criticar tudo bem, mas ao menos faça-o num português decente...
Rodrigo não se abespinhe, que o rapaz é um dos valentes que o gang Preto-Mendes-Paula lá pôs. Alguns nem sabem escrever o nome -posso provar!
A verdade é uma só, este blog vive de pedidos de demissão:
- Carmona Rodrigues;
- Marques Mendes;
- Paula Teixeira da Cruz;
Foram três, o mesmo número dos criadores do Blog.Feliz coincidência, ou talvez não.
Bem, em relação ao Prof. Carmona, a história não é bem assim.
Mas não vou discutir isso agora.
entrando na lógica do ilustre comentador anónimo, diria apenas que neste momento já temos uma taxa de sucesso de 66,6%. Não está nada mal! E algo me diz que até ao fim do mandato ainda atingiremos os 100%. É melhor que qualquer taxa de execução do plano de actividades da Câmara.
E já agora agradeço-lhe a importãncia e a enorme força que atribui a este blog. Mas acho que também não é caso para tanto...
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