31 julho 2007

A Culpa Institucional-Partidária

Sobre a culpa da queda da Câmara já muito aqui se tem falado, aliás com muita propriedade pelos companheiros Henrique de Freitas e Rodrigo Gonçalves. De facto só uma bizarria política poderia fazer recair em quem não tinha competências de decisão essa mesma responsabilidade.
Importa recordar que Marques Mendes e a CPN de então, com Paula Teixeira da Cruz a Vice - Presidente, optaram por Carmona Rodrigues em detrimento de Santana Lopes. Por outro lado não quiseram nenhum dos anteriores membros dessa equipe, pelo menos dos politicamente mais relevantes, pois ficou António Prôa, sendo clara a responsabilidade da CPN na escolha de tal equipe, verdadeiros avalistas políticos de tais elementos.
Portanto se as coisas correram mal, como aliás correram, a responsabilidade é nauralmente de quem fez as escolhas em questão e não dos que avisavam que o rei ia nu, muitas vezes no limite da resistência, atento o clima de intolerância e sectarismo reinante.
Mas as escolhas sucederam-se, numa verdadeira confusão partidária e institucional, como foi o caso da Comissão Política Distrital de Lisboa, já felizmente demissionária. Com efeito, a presidente da Assembleia assumiu a Presidência da Distrital, competindo-lhe a coordenação dos autarcas do respectivo distrito, tarefa para a qual também escolheu os quatro vereadores do PSD na CML. Assim, estes eram coordenados politicamente por Carmona no seio da CML, mas por sua vez pertenciam ao órgão partidário que definia as orientações políticas ao próprio Carmona, era a verdadeira relação política cruzada, óbvia confusão que...só podia dar a trapalhada que deu.

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